Por que o polvo tem três corações e sangue azul? Entenda essa curiosidade animal
Você sabia que o polvo tem três corações e sangue azul? Neste artigo fascinante, mergulhamos no mundo extraordinário desses incríveis cefalópodes. Descubra como funciona seu sistema circulatório único, por que seu sangue é azul e como essas adaptações o tornam um verdadeiro mestre da sobrevivência no fundo do mar. Prepare-se para se encantar com uma das criaturas mais inteligentes e enigmáticas do oceano — um verdadeiro prodígio da evolução!
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Quando pensamos em animais marinhos inteligentes e misteriosos, o polvo provavelmente está no topo da lista. Esses invertebrados pertencem à classe Cephalopoda e são parentes de outros animais como lulas, náutilos e sépias. Mas entre todos eles, o polvo se destaca por seu conjunto único de características biológicas, sendo duas das mais curiosas: o fato de terem três corações e sangue azul. Neste artigo, vamos explorar essas peculiaridades e entender por que a biologia do polvo é tão especial.
Três corações: por que e como funcionam?
O sistema cardiovascular dos polvos é um dos mais complexos do reino animal entre os invertebrados. Para entender por que eles têm três corações, precisamos olhar para o seu estilo de vida e fisiologia.
Os três corações do polvo são:
Dois corações branquiais (ou auxiliares):
Localizados próximos às brânquias (órgãos respiratórios localizados dentro da cavidade do manto), esses corações bombeiam sangue desoxigenado diretamente para as brânquias, onde ocorre a oxigenação. Cada coração branquial atende uma das duas brânquias do polvo.Um coração sistêmico (ou central):
Após a oxigenação nas brânquias, o sangue é enviado ao coração sistêmico, que o bombeia para o resto do corpo, garantindo que todos os tecidos recebam oxigênio e nutrientes.
Esse sistema permite que o transporte de oxigênio seja mais eficiente, o que é essencial para sustentar o metabolismo relativamente alto dos polvos. Isso é ainda mais importante considerando que os polvos são predadores ativos e precisam de energia para se mover, caçar e se camuflar.
O coração que para de bater
Uma das descobertas mais intrigantes sobre o sistema circulatório do polvo é que, durante a natação, o coração sistêmico simplesmente para de bater. Isso acontece porque o esforço físico da natação causa um aumento na pressão interna, dificultando o bombeamento eficiente do sangue pelo corpo.
Por isso, polvos geralmente evitam nadar longas distâncias e preferem se locomover rastejando com os tentáculos sobre o fundo do mar. Esse modo de locomoção exige menos esforço cardiovascular e economiza energia — algo crucial para um animal com um sistema tão delicado.
Sangue azul: o que isso significa?
Diferente do sangue humano, que é vermelho devido à presença de ferro na molécula de hemoglobina, o sangue dos polvos é azul. Essa cor se deve à hemocianina, uma proteína respiratória que usa cobre como elemento central na ligação com o oxigênio.
A hemocianina é encontrada livre no plasma sanguíneo, e não dentro de células como a hemoglobina. Quando oxigenada, ela assume uma coloração azulada intensa. Quando desoxigenada, ela fica mais acinzentada ou esverdeada.
Por que cobre e não ferro?
A escolha evolutiva da hemocianina tem a ver com o ambiente onde os polvos vivem: águas frias, profundas e muitas vezes com baixos níveis de oxigênio. A hemocianina é mais eficiente que a hemoglobina em condições de baixa temperatura e baixa concentração de oxigênio ou seja, ela é ideal para a vida no fundo do mar.
Além disso, a estrutura da hemocianina permite uma ligação reversível com o oxigênio, essencial para que o gás possa ser transportado e liberado de maneira eficiente aos tecidos.
Uma obra-prima da evolução
O polvo não é interessante apenas por seus corações ou seu sangue. É um verdadeiro laboratório de biologia ambulante:
Possui cerca de 500 milhões de neurônios, sendo que mais da metade está distribuída nos braços. Isso permite que cada tentáculo tenha certo grau de independência motora e sensorial.
Tem uma pele altamente especializada com cromatóforos, iridóforos e leucóforos, células que mudam de cor e textura para camuflagem.
É capaz de aprender, memorizar padrões, abrir frascos, resolver labirintos e até reconhecer pessoas.
Seus braços podem continuar se movendo mesmo após serem amputados, graças aos circuitos neurais autônomos em cada membro.
O polvo é uma das criaturas mais extraordinárias dos oceanos. Seus três corações trabalham em sincronia para garantir uma circulação eficiente, enquanto seu sangue azul permite a sobrevivência em ambientes extremos. A complexidade do seu corpo, a inteligência que demonstra e a série de adaptações únicas tornam o polvo um verdadeiro exemplo da criatividade da natureza.
Estudar o polvo não é apenas fascinante do ponto de vista biológico, mas também nos ajuda a repensar nossa noção de consciência, inteligência e até mesmo fisiologia animal. Em um mundo onde a vida marinha ainda guarda tantos segredos, o polvo continua sendo uma das criaturas mais enigmáticas , e encantadoras , que habitam o oceano.
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